Era dia de festa. No Institut des Langues Vivantes, a multidão batia palmas sob a chama instável de um bico de Auer, minha mãe tocava Chopin, todo mundo falava francês por ordem de meu avô: um francês lento, gutural, com as graças fanadas e a pompa de um oratório. Eu voava de mão em mão sem tocar em terra; sufocava contra o seio de uma romancista alemã quando meu avô, do alto de sua glória, deixou cair um veredicto que me feriu o coração: “Alguém está faltando aqui, é Simonnot”. Escapei dos braços da romancista, refugiei-me em um canto, os convidados desapareceram; no centro de um anel tumultuoso, avistei uma coluna: o Sr. Simonnot em pessoa, ausente em carne e osso.