De janeiro a março, continuei realizando enquetes. Por que não as aspiradoras não são vendidas? Você gosta de queijo em tubo? Você costuma ler? Você gosta de poesia? E dos jogos de inverno? Que você acha da mini-saia? Como reage ante os acidentes? Você sabia que existe fome na Índia? Que é comunismo? Prefere pílulas ou outra forma de evitar a gravidez? Quanto ganha por mês? Por que as mulheres que trabalham são menos frígidas? Você sabe da guerra entre o Iraque e os Curdos?
Essas enquetes, ao invés de refletir uma mentalidade coletiva, as deturpam e deformam. Minha falta de objetividade ocasionava respostas pouco verazes dos interrogados. Ao opinar, nos enganamos mutuamente. Porque as enquetes perdem seu verdadeiro objetivo que é a observação do comportamento para se chegar a uma conclusão de valor. Descobri os resultados que as enquetes mostravam não refletiam a ideologia atual, mas sim a passada. Eu deveria estar alerta. Alguns dados tomados por acaso serviam-me de referência.
O filósofo é aquele que objetiva a opinião pública.